A PANDEMIA E A EPIDEMIA
A ascensão do cigarro eletrônico meio aos problemas respiratórios causados pela covid-19
Palavras-chave:
Cigarros eletrônicos. COVID-2019. Pandemia. Epidemia. Problemas pulmonaresResumo
O tabagismo é classificado como uma das doenças evitáveis que mais mata ainda hoje. Os ensaios de desmotivação para sua utilização se debruçam desde técnicas psicológicas à produtos como, por exemplo, os e-cigarettes, ou “vapings”, criados em meados dos anos 80 com esse intuito e distribuído pelo mercado europeu desde 2006, possuindo aderência dos jovens em massa a partir de 2019. A ascensão da nova geração dos cigarros eletrônicos (CE) está associada a EVALI (síndrome respiratória aguda causada pelo uso de cigarro eletrônico) frente ao mesmo marco temporal que a eclosão da pandemia de COVID-2019. Esse fenômeno se tornou extremamente popular entre a juventude atual, tendo em vista a justificativa de ser uma alternativa segura à fumaça do tabaco. Porém, os cigarros eletrônicos possuem ainda em sua fórmula a nicotina, o glicerol, propilenoglicol, agentes aromatizantes e corantes, os quais contém componentes que prejudicam a saúde do usuário. A utilização dos “vapings” foi descrita como uma epidemia tendo em vista a alta demanda em hospitais de internações e mortes de usuários em decorrência de problemas pulmonares, mesma época em que a pandemia da COVID-19 aumentava o nível de mortes pelo mesmo agravante. Com isso, é importante a compreensão desse fenômeno enquanto agravante e possível causador de comorbidades em uma faixa etária que não se identificava como de risco, evidenciando o dano potencial que este produto causou em seus usuários e diferenciando-os entre si.
Palavras-chave: Cigarros eletrônicos. COVID-2019. Pandemia. Epidemia. Problemas pulmonares.
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