MEMÓRIAS DE SANGUE E FOGO:

uma leitura sobre os direitos humanos desde a animação "A manipuladora de fantoches”, em Avatar: a lenda de Aang.

Resumo

Este artigo tem como objeto de análise o oitavo episódio da terceira temporada da animação “Avatar: a lenda Aang”, intitulado “A manipuladora de fantoches” (2008). O episódio, disponível na plataforma de streaming Netflix, revela as nuances mais maduras do canône da obra: a dominação de sangue e a sua gênese num cenário de barbárie no Estado necropolítco da Nação do Fogo. A pesquisa, de natureza exploratória, apresenta-se como qualitativa quanto à sua abordagem, e se vale do procedimento de levantamento bibliográfico para articular, em nível teórico, discussões propostas pelo episódio considerando três objetivos: (a) necropolítica do Estado totalitário da Nação do Fogo; (b) o pente que passa a ser o maior tesouro de uma mulher que vivencia o genocídio étnico e, como resposta, torna-se a primeira dominadora de sangue; por fim, (c) a batalha à luz da Lua Cheia. Estas análises, combinadas com marcos teóricos críticos, instrumentalizam a partir da animação uma leitura contemporânea sobre as tensões que envolvem a construção dos direitos humanos.