AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA Morus Nigra L. (amora) EM MODELOS ANIMAIS DE “ONDAS DE CALOR” NA MENOPAUSA

Autores

  • Vitória Nunes de Brito Centro Universitário UNDB
  • Taysa Mendonça Silva Centro Universitário UNDB
  • Walex Randly Alves Lima Centro Universitário UNDB
  • Klésio Serrão Mendes Filho Centro Universitário UNDB
  • Haissa Brito Centro Universitário UNDB

Palavras-chave:

Morus nigra L, Fogachos, Menopausa

Resumo

Conceitos abordados: O climatério caracteriza-se por um estado hormonal alterado e por uma diminuição na qualidade de vida, devido ao aparecimento de sintomas que podem causar um desconforto significativo para algumas mulheres. Os fogachos na menopausa são os sintomas mais comuns. Objetivo: Avaliar os efeitos do uso da Morus nigra L. nos distúrbios vasomotores na menopausa. Metodologia: As camundongas fêmeas foram divididas em três grupos controles: falso-operados (SHAM); ooforectomizadas (OOF), que receberam 0,1mL/100g de solução salina, ooforectomizadas (OOF+SAL) tratadas com solução estroprogestativa (OOF+EP-50mg/Kg); e 3 grupos teste: tratadas EH de M. nigra nas doses de 100, 250 e 500mg/kg, (OOF100,OOF250 e OOF500) diariamente, por v.o., durante 15 dias.  Os animais foram submetidos à cirurgia de retirada dos ovários ou não e após a confirmação dos anestro, os animais foram submetidos ao tratamento. Resultados: No grupo OOF+EP,foi verificado  uma redução na variação da temperatura caudal, quando comparado com animais OOF+SAL e um aumento quando comparado com animais SHAM. Já nos animais tratados com os extratos hidroalcoolicos, pode-se verificar um aumento na variação da temperatura caudal nas doses de 100 e 500 mg/kg. A dose de 250 mg/kg apresentou uma reversão na variação da temperatura caudal. Conclusão: Os extratos preveniram os fogachos neste modelo, com eficácia comparável à da terapia de reposição hormonal, sugerindo que mais estudos devem ser estimulados com o objetivo de se encontrar um possível composto que possa estar associado a melhora desses efeitos.

Referências

Coxam V. Phyto-oestrogens and bone health. The Proceedings of the Nutrition Society, 2008 May;67(2):184-95.

Chedraui P, Perez-Lopez FR, Aguirre W, Calle A, Hidalgo L, Leon-Leon P. Perceived control over menopausal hot flushes in mid-aged women. Gynecological endocrinology : the official journal of the International Society of Gynecological Endocrinology, 2010 Aug;26(8):607-11.

Ercisli S, Orhan E. Chemical composition of white (Morus alba), red (Morus rubra) and black (Morus nigra) mulberry fruits. Food Chemistry, 2007 //;103(4):1380-4.

Freedman RR. Physiology of hot flushes. Am J Hum Biol, 2001; 13; 453-464.

Mahmud K. Natural hormone therapy for menopause. Gynecological endocrinology : the official journal of the International Society of Gynecological Endocrinology, 2010 Feb;26(2):81-5.

Messina M. Investigating the optimal soy protein and isoflavone intakes for women: a perspective. Women's health, 2008 Jul;4(4):337-56.

Maciel MAM, Pinto AC, Veiga Jr. VF, Grynberg NF, Echevarria A. Plantas medicinais: a necessidade de estudos multidisciplinares. Química Nova, 2002;25:429-38.

Moreira AC, Silva AM, Santos MS, Sardão VA. Phytoestrogens as alternative hormone replacement therapy in menopause: What is real, what is unknown. The Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology, 2014 9//;143(0):61-71.

Nomura T. Phenolic compounds of the mulberry tree and related plants. Fortschritte der Chemie organischer Naturstoffe = Progress in the chemistry of organic natural products Progres dans la chimie des substances organiques naturelles, 1988;53:87-201.

Nelson HD. Menopause. Lancet, 2008 Mar 1;371(9614):760-70.

Nomura T, Hano Y. Isoprenoid-substituted phenolic compounds of moraceous plants. Natural product reports, 1994 Apr;11(2):205-18.

Nikov GN, Hopkins NE, Boue S, Alworth WL. Interactions of dietary estrogens with human estrogen receptors and the effect on estrogen receptor-estrogen response element complex formation. Environmental health perspectives, 2000 Sep;108(9):867-72.

Orgaard A, Jensen L. The effects of soy isoflavones on obesity. Experimental biology and medicine, 2008 Sep;233(9):1066-80.

Padilha MM, Vilela FC, Rocha CQ, Dias MJ, Soncini R, dos Santos MH, Antiinflammatory properties of Morus nigra leaves. Phytotherapy research : PTR, 2010. Oct;24(10):1496-500.

Syah YM, Achmad SA, Ghisalberti EL, Hakim EH, Iman MZ, Makmur L, et al. Andalasin A, a new stilbene dimer from Morus macroura. Fitoterapia, 2000 Dec;71(6):630-5.

Shuto H, Tominaga K, Yamauchi A, Ikeda M, Kusaba K, Mitsunaga D, Hirabara Y, Egawa T, Takano Y, Kataoka Y. The statins fluvastatin and pravastatin exert anti-flushing effects by improving vasomotor disfunction through nitric oxide-mediated mechanisms in ovariectomy animals. Eur Jour Pharm, 2011, 651, 234-239.

Usui T. Pharmaceutical prospects of phytoestrogens. Endocrine Journal, 2006 Feb;53(1):7-20.

Yearley EJ, Zhurova EA, Zhurov VV, Pinkerton AA. Binding of genistein to the estrogen receptor based on an experimental electron density study. Journal of the American Chemical Society, 2007 Dec 5;129(48):15013-21.

Downloads

Publicado

2023-02-01

Como Citar

Brito, V. N. de, Silva, T. M., Lima, W. R. A., Mendes Filho, K. S., & Brito, H. (2023). AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA Morus Nigra L. (amora) EM MODELOS ANIMAIS DE “ONDAS DE CALOR” NA MENOPAUSA. Revista De Estudos Multidisciplinares UNDB, 3(1). Recuperado de https://periodicos.undb.edu.br/index.php/rem/article/view/77

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)