DESIGUALDADE RACIAL E MORTALIDADE MATERNA
uma análise da vulnerabilidade das mulheres negras
Palavras-chave:
Mulheres Negras, Saúde de Mulheres Pretas, Mortalidade MaternaResumo
Este estudo explora a mortalidade materna entre mulheres negras no Brasil, focando na relação entre desigualdade racial e vulnerabilidade durante o período gestacional e pós-parto. A hipótese central considera que o racismo estrutural e as desigualdades socioeconômicas expõem essas mulheres a condições de saúde mais precárias e acesso reduzido a serviços de qualidade. O estudo objetiva analisar dados de mortalidade materna e identificar fatores específicos de vulnerabilidade que impactam as mulheres negras. A metodologia utilizada baseia-se em uma revisão bibliográfica e análise de dados epidemiológicos de fontes nacionais de saúde pública, considerando indicadores de mortalidade por raça, condições sociais e acesso a atendimento médico. Os resultados mostram que mulheres negras têm taxas de mortalidade materna significativamente mais altas comparadas a mulheres de outras etnias, principalmente em áreas com acesso restrito a cuidados médicos de qualidade. A análise indica que a discriminação institucional e baixa escolaridade elevam essa vulnerabilidade, enquanto políticas públicas que promovam inclusão racial e assistência pré-natal fortalecida poderiam mitigar essa desigualdade. Conclui-se que ações integradas, focadas em políticas de equidade e justiça social, são fundamentais para reduzir a mortalidade materna entre mulheres negras e garantir uma atenção à saúde mais inclusiva e equitativa.
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