Leituras Críticas sobre Axiologia e Educação em Ngoenha como Substrato Libertário do Homem Negro na Modernidade

Resumo

O presente artigo tem como título Leituras Críticas sobre Axiologia e Educação em Ngoenha como Substrato Libertário do Homem Negro na Modernidade. Pretende-se reflectir sobre as contribuições axiológicas e educacionais que Ngoenha apresenta como substrato libertário do Homem negro, sobretudo moçambicano face aos desafios modernos. Em Moçambique, os aspectos da axiologia e educação tiveram um percurso não abonatório, onde em primeiro lugar com a chegada dos europeus, os valores das culturas foram negados e postos fora do sistema educativo da época, referimos a Educação Colonial. Em segundo lugar um grupo de europeus os ditos missionários específicos da Missão Suíça, optam por considerar os valores africanos como base, para as suas actividades da propagação da fé, aprendendo as línguas moçambicanas que depois seguiram com a evangelização e educação destas comunidades, estamos perante Educação Missionária. Em terceiro lugar, foi quando os moçambicanos alcançaram a sua independência e uma vez que o processo educativo encontrava-se nas mãos dos portugueses e estes tendo sido regressados à sua pátria, começa com muitos problemas de encontrar quadros qualificados que pudessem tomar o processo educativo para diante. Para tal, foram recrutados os estudantes da geração 8 de Março para cobrir com a formação, mesmo sem vocação para docência. Como resultado, assistiu-se uma educação não a altura desejada com muitas reprovações bem como os problemas da rede escolar. Isto obrigou a mudanças curriculares, novas políticas educativas devido ao aparecimento dos doadores que ditaram suas políticas (a massificação e educação para todos) estamos perante a Educação Liberal.